22 outubro 2012

Pilates e a melhoria do sono



Muitas pessoas possuem dificuldade em ter um sono reparativo e profundo por diversos problemas. Alguns deles podem ser causados por estresse diário, vida tumultuada e cheia de compromissos e muitas vezes por dores no corpo, mal-estar e depressão.

Pelo fato de muitas pessoas não conseguirem dormir por uma noite inteira, acabam cochilando durante o dia para aliviar esse cansaço.

Praticar atividade física contribui e muito para a qualidade de vida e do sono, pois o indivíduo gasta mais energia do que o normal durante o dia, necessitando de um descanso maior e mais longo durante a noite.

Alguns estudos do Instituto do Sono de São Paulo, afirmam que exercícios no final da tarde podem ajudar na qualidade do sono.

O Pilates, por ser uma atividade que contribui consideravelmente com o sono, pois equilibra e harmoniza os sistemas corporais além de relaxar as musculaturas mais tensionadas durante o dia, aumenta a concentração e a auto-estima, devido ao número de exercícios que melhoram a postura, fazendo com que o indivíduo recupere a autoconfiança.


 



03 setembro 2012

Adote Acupuntura, Pilates e RPG para combater a dor nas costas!


Experimente tratamentos de acupuntura, pilates e RPG para acabar com a dorzinha chata nas costas

Se você já tentou de tudo para acabar com a dor nas costas - inclusive trocar o colchão, o travesseiro e a cadeira do trabalho - mas continua sofrendo, que tal adotar um dos três tratamentos para eliminar o problema? Compare as opções e selecione a melhor para você: 

Acupuntura
Dor nas costas, para a medicina oriental, significa que há uma grande concentração de energia naquele local. Ou, no extremo oposto, falta de energia. Por isto, durante a aplicação da acupuntura, o que acontece é um equilíbrio. "É preciso identificar como isso funciona no corpo do paciente e, através da aplicação das agulhas, fazer com que a energia flua para aquele lugar ou saia dele", explica André Mattos, professor da Clínica Escola Adjon, de São Paulo.
A energia à qual a medicina oriental se refere é a fluidez do sangue, da linfa, que, parada, pode provocar pontos de inflamação. Já na explicação ocidental, ao pressionar certos pontos do corpo, ele produz uma substância chamada endorfina, que gera relaxamento e faz com que as inflamações diminuam. Daí o valor de analgesia de uma sessão de acupuntura. Essa terapia é indicada para diferentes casos: de lombalgia simples até hérnia de disco. São necessárias de uma a cinco sessões para o alívio de dores agudas. Para processos crônicos, o mínimo são dez sessões.

Pilates
Criado pelo alemão Joseph H. Pilates, em 1920, a técnica trabalha o corpo de forma total e tem como objetivo flexibilizar e fortalecer músculos e articulações. O pilates une movimentos no solo e em aparelhos específicos. "Estes exercícios tratam escoliose, lombalgia, hiperlordose, hérnia de disco e espondilolistese", afirma a fisioterapeuta e instrutora de pilates Fabiana Freitas.
"O pilates promove interação entre os músculos e os tecidos despertando a musculatura profunda que nos faz sustentar melhor o corpo contra a gravidade e, com isso, diminuir a compressão na coluna", diz Alice Becker Denovaro, presidente da Physio Pilates. Na fase de dor, normalmente, são recomendadas aulas de 50 a 60 minutos, duas vezes por semana. Com a melhora, é possível passar para outros estágios do método.

RPG (Reeducação Postural Global)
É um método da fisioterapia que visa tratar problemas como a dor nas costas através da reprogramação da postura. O local da dor não é necessariamente onde está a causa do problema. Muitas vezes a contração ali é conseqüência de compensação muscular", afirma a fisioterapeuta, especializada em RPG, Lara de Marchi, da Fitotraining.
A intenção do tratamento é alongar as regiões tensas e aumentar o tônus muscular onde há deficiência. "No caso de dores nas costas, o RPG ajuda a corrigir os desvios posturais que levam àquela dor e registra uma nova sensação e padrão postural", enfatiza Lara.
Segundo a especialista, a diferença do método com outras técnicas de manipulação é que o RPG trabalha com o tônus postural e a estrutura geral do corpo, que é ligado ao Sistema Nervoso Central (cérebro), ou seja, a mudança não acontece apenas na parte física, mas também na parte do cérebro que registra o corpo e os movimentos corporais. O número de sessões de RPG podem variar e cada caso deve ser analisado isoladamente, porém, o tratamento, normalmente, é feito uma vez por semana.

29 agosto 2012

Como o Exercício Físico pode ajudar a parar de Fumar


Quem já experimentou parar de fumar pode comprovar: é preciso enfrentar momentos de ansiedade e irritação, o medo de ganhar peso e, principalmente, manter em alta a motivação para não sucumbir às recaídas. Nós temos um remédio para combater tudo isso e largar o cigarro de vez: o exercício físico

Não é de hoje que a atividade física é considerada por especialistas um aliado importante contra o cigarro. “Quem pratica atividade física fuma menos ao longo do dia em comparação com um sedentário. As sensações de bem-estar das endorfinas liberadas durante o exercício, e a vontade de se cuidar são aspectos que influenciam nessa redução e numa possível interrupção do tabagismo”, diz a presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia, Andréia Assis Vale. Entenda a seguir como o exercício pode ajudar quem fuma.

Na redução de riscos
No corpo humano, o cigarro e o exercício travam uma queda de braço. O tabaco é responsável pela elevação da pressão sanguínea, pela diminuição da oxigenação nas células e por inflamações nos alvéolos pulmonares — que estimulam a formação de muco e secreções e limitam a capacidade respiratória. O exercício age de forma contrária: ao abrir as vias aéreas e aumentar a ventilação do corpo, ele estimula a oxigenação, diminui a pressão sanguínea e favorece a eliminação das secreções – sim, o fumante vai cuspir mais enquanto corre.
"Além do fortalecimento do sistema respiratório, fazer a atividade física diminui o teor de monóxido de carbono no organismo", diz a cardiologista Jaqueline Scholz Issa, diretora do Programa Ambulatorial de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (Incor). "Durante o exercício, a nicotina também é metabolizada mais rapidamente, diminuindo sua concentração, o que explica por que muitas pessoas sentem a fissura de acender o cigarro logo depois", afirma.
Uma boa notícia é que, se você fuma e mantiver o exercício com a mesma regularidade com que dá as suas baforadas, a atividade física levará a melhor nessa briga, reduzindo significativamente o risco de doenças causadas pelo tabaco e tornando-o, se é que é possível dizer isso, um "fumante mais saudável".
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Municipal de Investigação Médica de Barcelona, na Espanha, que acompanhou 6790 fumantes por 11 anos, uma quantidade de moderada a alta de atividade física está associada a um menor declínio da função pulmonar, reduzindo em 21% o risco de desenvolvimento de DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica, responsável pela insuficiência respiratória.
As universidades americanas de Minnesota e Pensilvânia publicaram estudos que mostram que a atividade física reduz em 35% o risco de câncer de pulmão em comparação com fumantes sedentários. Uma das explicações é que a melhora da função pulmonar diminui a concentração de substâncias carcinogênicas. Nenhuma melhora, no entanto, é tão acentuada como quando o cigarro é abandonado. Veja ao lado como o corpo reage a partir do instante em que você decide largar o vício.

Na força de vontade
Querer de fato parar de fumar é a primeira condição (e a mais importante) para ter sucesso na empreitada, segundo os especialistas. "Não adianta a pressão de amigos e familiares. A pessoa deve ter consciência da necessidade e vontade de parar", afirma a psicóloga Silvia Cury.
O exercício, pelas transformações físicas e fisiológicas que promove, ampliando o fôlego e a resistência muscular e aeróbica e reforçando a auto-estima, pode ajudar nessa percepção de que é preciso parar. O diretor técnico da assessoria esportiva paulistana MPR, Marcos Paulo Reis, aconselha: "Procure o exercício com o intuito de se sentir melhor, mais saudável, sem tanto compromisso inicialmente com o parar de fumar, para controlar a expectativa e não se frustrar em caso de uma recaída", afirma.

29 de Agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo


O dia 29 de agosto foi escolhido como o dia nacional de combate ao fumo, quando são desenvolvidas campanhas alertando as pessoas dos males que o cigarro causa.

Milhões de pessoas morrem como resultado do uso do tabaco. Apenas em 2010, cerca de 6 milhões de pessoas morreram no mundo, de acordo com informações da 4ª edição do Atlas do Tabaco lançado pela Sociedade Americana do Câncer e pela Fundação Mundial do Pulmão. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa evitável de mortes do mundo. De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas, o fumante gasta em média 6% do que ganha para bancar o vício. No mercado brasileiro são consumidos cerca de 100 bilhões de cigarros por ano, sendo 2 bilhões de produtos ilegais, ou seja, sem a devida fiscalização; o restante é do mercado oficial.

As consequências do tabagismo são inúmeras, a começar pelos prejuízos financeiros. Além do valor gasto com o consumo de produtos derivados do tabaco, o indivíduo pode vir a ter despesas com o tratamento de doenças desencadeadas por esses produtos. 

O maior prejuízo, no entanto, continua sendo para a saúde. O consumo do cigarro pode desencadear problemas como infarto agudo do miocádio, câncer - pulmão, laringe, bexiga, etc, - doenças do pulmão, DPOC/enfisema, maior incidência de partos prematuros e osteoporose, entre outros.

Doença - O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A estimativa é de que um terço da população mundial adulta seja fumante. Embora os números ainda sejam espantosos, estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) mostra que a prevalência de tabagismo entre a população adulta brasileira caiu nos últimos anos.

22 agosto 2012

Cuide da saúde do seu intestino com o Pilates


É raro encontrar uma pessoa que não tenha problemas com o intestino. Umas se queixam de que é preso demais; outras, de que seu funcionamento é absolutamente imprevisível. A maioria das queixas, porém, vem das mulheres. Grande número delas reclama de intestino preso, ou obstipação intestinal. Em alguns casos, esse problema é físico, mas em outros decorre de fatores psicológicos e emocionais.

Tão forte é a influência do intestino sobre o nosso organismo que esse órgão é tido nos meios científicos como o “segundo cérebro”. A expressão foi cunhada pelo médico americano Michael D. Gershon, do Departamento de Anatomia e Biologia Celular da Columbia Univesity Medical Center, em Nova York. Depois de 30 anos de pesquisas, Gershon conseguiu identificar a interatividade entre os neurotransmissores produzidos no intestino, chamado por ele de órgão inteligente, e as nossas emoções, cuja sede é o sistema límbico, localizado no cérebro. Portanto, atribuir a prisão de ventre apenas ao tipo de alimentação é um erro.

Embora sejam independentes, os sistemas nervoso central (localizado no cérebro e na medula espinhal) e o entérico (intestinal) “conversam” entre si. Sabe aquele incômodo na barriga relacionado a ansiedade em determinadas situações, acontece por causa da conexão direta entre os neurônios circulantes no tubo digestivo e no cérebro (o chamado eixo cérebro-intestinal, que funciona como uma via de mão dupla). A ansiedade, gerada pela expectativa do grande dia, se reflete no intestino, que tanto pode travar como desandar. Isso porque esse sentimento altera a produção de serotonina e desorganiza as ondas peristálticas. Alterações na produção da serotonina também estão por trás da síndrome do intestino irritável, uma das principais doenças que afetam o intestino.

Não se deve encarar o mau funcionamento do intestino como algo natural. É preciso estar atento e procurar atendimento médico se houver sangue ou muco nas fezes, distensão e cólicas abdominais e elevação da temperatura 

O intestino é um órgão do trato gastrointestinal dividido em duas porções: delgado e grosso. O intestino delgado é a porção primária do intestino e é responsável pela digestão e absorção de nutrientes, enquanto o intestino grosso é a segunda porção do intestino e é responsável pela absorção de água, sais e vitaminas. Este órgão pode ser afetado por doenças como fibrose cística, doença celíaca, doença de Crohn, colite ulcerativa, síndrome de intestino irritável, diverticulose e câncer.

Exercício Físico

Sabe-se que o exercício físico auxilia na promoção de uma vida saudável e na melhora da capacidade funcional, porém, ainda é pouco o que se sabe sobre seus efeitos nas doenças inflamatórias intestinais

É sabido que o exercício físico proporciona movimentos no intestino grosso e mudanças hormonais, que provocam efeitos mecânicos no intestino, facilitando o peristaltismo. Além disso, a atividade física é responsável também por melhorar o tônus muscular pélvico e abdominal, facilitando a expulsão do bolo fecal. Evidências recentes obtidas em estudo laboratorial mostraram que a prática habitual de atividade física moderada protege o íleo de camundongos contra os efeitos do envelhecimento

Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a atividade física regular praticada em quantidade apropriada apresenta uma associação significativa com a redução do risco para o desenvolvimento de câncer de cólon em até 40% entre os indivíduos mais fisicamente ativos. Em contrapartida, tem-se observado que o exercício físico exaustivo aumenta a produção sistêmica de radicais livres, com conseqüente aumento dos danos oxidativos ao DNA, além de deprimir a função imune global, eventos estes, relacionados ao aumento do risco para o desenvolvimento de câncer

Quanto ao sedentarismo e a constipação intestinal idiopática, a recomendação de atividade física regular é ainda assunto controverso. Dado este, confirmado por meio de estudos que avaliaram a relação entre estes fatores. Em outro estudo realizado os resultados foram positivos, destacando até a possibilidade de que o exercício seja uma intervenção eficaz na minimização dos sintomas em pacientes com síndrome do intestino irritável, que pode ser o caso dos pacientes com constipação predominante.

A escolha do método Pilates como atividade física, pode contribuir também para o equilíbrio da mente e do corpo, além de ajudar no controle da ansiedade. Os movimentos do Pilates trabalham e fortalecem principalmente a musculatura de sustentação do abdômen, lombar, assoalho pélvico e glúteos. Esses músculos são responsáveis pela melhora da postura, aliviando dores nas costas e consequentemente auxilia a saúde do orgão intestinal.

Confira as dicas para evitar a prisão de ventre:
  • Mexa-se! Não esqueça que os intestinos são músculos. Se você passar o dia sentada, seu sistema digestivo fica lento. Estudos indicam que as pessoas sedentárias são 3 vezes mais passíveis de sofrer de prisão de ventre. A prática de exercícios físicos aumenta o fluxo sanguíneo no abdome e estimula os movimentos intestinais.
  • Descanse bem!
  • Pare tudo e vá ao banheiro! Ao sentir necessidade, quanto mais tempo você demorar a ir ao banheiro, mais água é absorvida, e mais duras ficam as fezes.
  • Beba muito líquido! Tome líquidos em todas as refeições. Inclua no seu dia-a-dia alimentos líquidos, como sopas e molhos, além de água, leite desnatado e sucos.
  • Consuma alimentos ricos em fibras todas as refeições! Mas se você não tem o hábito de comer fibras, comece com pequenas doses, para não causar um desarranjo intestinal.
  • Certifique-se de que sua alimentação não esteja pobre demais em gorduras! As gorduras podem funcionar como lubrificantes. Portanto, um pouco de azeite e nozes, por exemplo, podem ajudar nesse processo.
Fonte: Drauzio Varella, physio-terapia.blogspot

13 agosto 2012

4 práticas corporais benéficas ao bem-estar


Segundo a Organização Mundial da Saúde, estamos cada vez mais sendentários. A boa notícia é que toda forma de exercício ajuda a minimizar esse quadro.

Nem toda hora é de estica, pula e corre. Às vezes, porque estamos num momento mais introspectivo da vida, ou por opção, uma questão de gosto pessoal, o ritmo de atividade física precisa ser mais suave.

Ninguém discorda de que é necessário se mexer. O corpo precisa e a cabeça, você sabe bem, só tem a agradecer. Mas quando nadar, correr, lutar caratê ou jogar tênis está longe de seu ideal de treino, você pode dar um tempo exercitando o corpo de uma maneira que ainda não tentou. Por exemplo, por meio do pilates. Ou algo inusitado como a técnica de Alexander, o método Feldenkrais ou até mesmo o rolfing que você vai conhecer a seguir. Surpresa com a sugestão? Pois especialistas, sem preconceito algum, garantem que toda forma de movimento vale a pena.

"Sempre podemos variar as fontes para o aprendizado do corpo. O importante é que cada pessoa encontre o método com o qual se identifica. Para não parar logo depois do primeiro mês", diz a fisioterapeuta Gerseli Angeli Silva, coordenadora do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte de SP.

Os métodos citados visam aumentar a consciência corporal. E qualquer técnica que faça isso, bem orientada por um profissional, melhora a aptidão física - a capacidade de realizar um trabalho muscular de maneira satisfatória. Qualidade fundamental para enfrentar os dias de hoje. Essas práticas estimulam a consciência corporal, alongam e, com exceção do rolfing, fortalecem a musculatura. Todas buscam o bem-estar geral (físico, mental e emocional) e, de quebra, contribuem para uma boa postura, o que resulta em um corpo mais bonito e elegante.

1. Foco no alinhamento

De todas as práticas, o pilates é a que oferece maior possibilidade de sobrecarga - um estímulo superior para que a atividade física continue fazendo efeito no decorrer do tempo. "Chega um momento em que os demais métodos mantêm a pessoa alongada, mas não mais despertam o condicionamento físico (por isso, torna-se necessário acrescentar algo como musculação, caminhada ou pedalada)", afirma a fisioterapeuta Gerseli Angeli. O pilates, no entanto, exige uma adaptação constante, graças ao uso de aparelhos e equipamentos apropriados. A arte do controle do corpo e do movimento, como definiu o alemão Joseph Hubertus Pilates (1880-1967), idealizador do método, conduz o praticante a um alinhamento perfeito. Dá maior destreza, estabilidade, resistência e força, especialmente abdominal. 
2. Acesso aos bloqueios

Cabeça caída, ombros tortos, peito retraído... Se o jeito como você se coloca na vida está inadequado, é preciso voltar ao eixo. A Integração estrutural ou rolfing, como é mais conhecida a técnica criada pela bioquímica americana Ida Rolf (1896-1979), revisa todo o corpo e o coloca em melhores condições para enfrentar a força da gravidade. Difundida a partir da década de 1960, ela foca no alongamento acima de tudo. Por isso, algumas pessoas sentem muita dor. E outras adoram - já que há um efeito relaxante no final. Por meio da manipulação do corpo do paciente, a terapeuta libera tensões da fáscia - tecido conectivo que envolve as células, os ossos e as fibras musculares. "Pressionando de forma adequada é possível acessar bloqueios que estejam inibindo a qualidade do movimento", afirma Eliana Ribeiro Grotti, rolfista e fisioterapeura do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein. O melhor é que, ao colocar o corpo em bases mais estáveis, o efeito dessa prática transborda para o lado emocional. Nossas atitudes também ficam mais firmes.

3. Atenção plena

O método Feldenkrais se divide em duas modalidades: uma de atendimento individual, em que o instrutor conduz o aluno pelo toque; e outra, mais ativa, se destaca pela prática em grupo. "Neste segundo exemplo, o foco é a consciência pelo movimento. Por isso, as sequências são feitas bem devagar e em sessões de, no máximo, 50 minutos, que é o tempo máximo que conseguimos prestar atenção em uma aula", explica a professora paulista Mariana Huck. Tudo é bem metódico. Pode haver uma sequência de movimentos de bruços, de costas, rolando, sentada, em pé ou em posturas invertidas, como na ioga. Enquanto o aluno executa uma ordem, é convidado a perceber como está a respiração, se o peso está maior sobre o quadril direito ou esquerdo e como se comporta o restante do corpo. No final da aula, qualquer que seja ela, a sensação é de vitalidade. A amplitude do gesto aumenta da mesma forma que o conforto em sua execução. Na mesma proporção, o risco de dores e lesões diminui.

4. Somente o necessário

Desenvolvido pelo ator australiano Frederick Matthias Alexander (1869-1955) há mais de 100 anos, o método Alexander foi concebido para evitar as tensões desnecessárias. Quando você se senta, por exemplo, tende a puxar a cabeça para trás e para baixo? Errado. Numa aula da técnica, o professor não só orienta verbalmente como você deve se sentar, como conduz seu corpo ao movimento correto lembrando que os pés ficam apoiados no chão, os joelhos dobram e a cabeça simplesmente acompanha o trabalho. Da mesma forma, corrige a má postura durante uma ligação telefônica ou a de um músico que segura incorretamente o instrumento. Nas aulas, de 30 a 40 minutos, o aluno é ativo o tempo todo: andando, deitando, sentando, ou desempenhando atividades cotidianas. Com o tempo, a musculatura aprende a fazer seu papel. "É isso que proporciona um tônus apropriado - seja para alongar, seja para contrair", explica o professor Reinaldo Renzo, de São Paulo. Quando contraímos muito a musculatura, uma consequência natural é diminuir o espaço entre as articulações. Encolhemos mesmo, o que provoca dores e se reflete até na respiração, que poderia oxigenar melhor todo o sistema, se estivesse mais livre. "O método oferece a oportunidade de parar de fazer o desnecessário para que o necessário aconteça de forma desimpedida. Até a ansiedade diminui porque você está mais atento e, portanto, tem a chance de escolher de que forma quer responder a um estímulo estressante", afirma Renzo.




09 agosto 2012

Pilates ajuda pacientes com esclerose avançcada


Pilates pode ajudar na reabilitação de esclerose múltipla mesmo em pacientes que estão com sintomas avançados da doença, mostra uma pesquisa realizada na Universidade Queen Margaret, na Escócia.

O método pilates, já utilizado no Brasil em alguns casos de esclerose, foi testado na universidade escocesa para a reabilitação de pessoas que estão em cadeira de rodas devido à doença. A esclerose multipla afeta, entre outras coisas, a força muscular e o equilíbrio, fazendo com que o doente perca mobilidade.

No estudo, a postura e a intensidade das dores e da fadiga (sintomas da doença) foram medidas em 15 cadeirantes antes e depois de começarem seu tratamento com pilates. Outras oito pessoas com sintomas parecidos também foram acompanhadas durante o período, porém sem participar das aulas.
Ao final de 12 semanas, foi possível observar uma melhora nas dores no ombro e no pescoço das pessoas que tiveram aulas de pilates.
Os resultados foram publicados na revista "Research Matters", editada pela Sociedade de Esclerose Múltipla de Londres. Os pesquisadores lembram que ainda são necessários estudos com maior número de participantes para validar os resultados.

NO BRASIL
Entre os benefícios da prática, a fisioterapeuta Andrea Lotufo, do centro de reabilitação do Hospital Albert Einstein cita a melhora da força, da postura e do equilíbrio.

Porém ela lembra que, se a pessoa faz exercícios inadequados para sua condição, ela pode sentir uma grande fadiga, própria da doença e mais forte do que um cansaço normal de quem vai a academia.

A instrutora de pilates Régia Guimarães, 47, atende alunos com esclerose múltipla há cinco anos. Ela diz que o pilates, por ser originalmente um trabalho individual, permite que o instrutor conheça a pessoa e consiga perceber quais os exercícios mais adequados para suas necessidades.

Ela também destaca o uso dos aparelhos como uma forma de fazer com que seus alunos se sintam mais acolhidos: "Uma pessoa que não consegue ficar de pé, por exemplo, pode fazer exercícios na cama que simulem o caminhar em um ambiente seguro".

Uma de suas alunas, Wilma Vieira, 52, descobriu que tinha esclerose múltipla há sete anos. Tudo começou com um formigamento no rosto e nos pés que parecia não ter grande importância. Teve dificuldade para acreditar que sofria da doença quando a médica deu o diagnóstico: "Esclerosada, eu? Mas como, se minha memória é boa?".

A razão do estranhamento foi em parte pelo nome da doença, que leva muitas pessoas a relacionar esclerose múltipla e velhice. Entrou em depressão quando soube que a doença não tinha cura e sua possível piora não podia ser totalmente descartada.

Wilma passou a tomar medicamentos intravenosos três vezes por semana. Ela conta que esses medicamentos têm efeitos colaterais, entre eles deixar a musculatura rígida e provocar dor nas articulações. Mas são fundamentais para controlar os surtos e a piora de sua saúde.

Antes de praticar pilates, ela tentou outras atividades físicas, como fisioterapia e ioga, sem o mesmo resultado positivo.

Encontrar uma professora que já havia trabalhado com pessoas com esclerose múltipla foi o que a motivou a começar. Praticante há dois anos, diz que o maior benefício é a diminuição das dores nas articulações que os alongamentos proporcionam. O que ela mais gosta é de estar deitada e ser alongada por elásticos. Dessa forma, consegue sentir sua flexibilidade aumentando.

A ESCLEROSE MÚLTIPLA
A esclerose múltipla é uma doença crônica autoimune do sistema nervoso. Acontece quando o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina, capa que cobre os neurônios, comprometendo a transmissão de impulsos elétricos. As principais dificuldades ocasionadas pela doença são a perda parcial da visão, da sensibilidade, da força e do equilíbrio. A doença se manifesta a partir de crises, chamadas surtos, em que os sintomas da doença ficam mais agudos e deixam sequelas.

É importante que a pessoa que tem esclerose múltipla realize exercícios físicos. Como cada pessoa desenvolve esses sintomas de maneira única, em velocidades e ocorrência de surtos diferentes, é preciso consultar um especialista, como um fisiatra, para indicar qual a prática mais adequada para cada um.

O neurologista Charles Pulbery, membro da Academia Brasileira de Neurologia, diz que a técnica não atua na doença propriamente dita. "Ela é muito útil, mas como um tratamento reabilitador e conservador. Não trará cura para a doença."

08 agosto 2012

08 de Agosto: Dia Nacional de Combate ao Colesterol


Como o exercício físico beneficia o Colesterol

Estudos sobre exercícios e colesterol mostram que atividade física regular diminui os triglicerídeos. As pessoas que mais se beneficiam são as sedentárias com níveis elevados de triglicerídeos que se tornam ativas. Mesmo uma única sessão de exercícios pode causar impacto nos níveis de triglicerídeos (a redução média dos triglicerídeos é de 20%, após uma única sessão, e 24% com exercícios regulares).

A prática regular de exercícios por mais de 12 semanas pode aumentar o colesterol HDL até 10%. A pesquisa feita em homens indica que o aumento do colesterol HDL está associado à perda de gordura do corpo, sugerindo que os exercícios regulares podem ser especialmente úteis para pessoas com nível elevado de triglicerídeos, colesterol HDL baixo e excesso de gordura abdominal. No entanto, nas pessoas com baixo nível de triglicerídeos ou nas que não precisam emagrecer, a prova sobre os efeitos do exercício no colesterol HDL é inconclusiva.

O efeito da atividade física regular no colesterol total e no colesterol LDL é menos direto que seu efeito nos triglicerídeos. Quando o exercício resulta em perda de peso, o colesterol total e o colesterol LDL geralmente diminuem. Entretanto, quando a pessoa não emagrece, os benefícios do exercício no colesterol total e no colesterol LDL não são tão visíveis, embora não sejam menos importantes.

Durante oito meses, o STRRIDE (Studies of Targeted Risk Reduction Interventions through Defined Exercise - Estudos de intervenção direcionada de redução de risco através de exercício definido) analisou os efeitos da quantidade e da intensidade dos exercícios nos fatores de risco da doença cardiovascular em adultos acima do peso com nível elevado de lipídios no sangue.

Os pesquisadores selecionaram aleatoriamente 84 adultos sedentários e os dividiram em três grupos diferentes de exercícios:
  • muita atividade intensa - equivalente a correr 32 km por semana;
  • pouca atividade intensa - equivalente a correr 19 km por semana;
  • pouca atividade moderada - equivalente a caminhar rapidamente 19 km por semana.
Alguns adultos foram colocados em um grupo de controle que não fez nenhum exercício. Os participantes foram estimulados a manter sua dieta regular durante o período da pesquisa para que não perdessem peso.
Os pesquisadores descobriram que, embora o colesterol total e o colesterol LDL não tivessem mudado muito, o exercício teve um efeito positivo na quantidade e no tamanho das partículas de LDL, com menor risco de causar aterosclerose, um problema em que as artérias ficam irregulares devido à formação de placas.

Uma grande quantidade de exercícios intensos diminuiu a concentração e aumentou o tamanho médio das partículas de LDL. As partículas de LDL leves e maiores aparentemente são menos aterogênicas do que as partículas de LDL mais densas e menores, mais propensas a entrarem na parede do vaso sangüíneo, serem oxidadas e desencadearem a aterosclerose e a formação de placas.

Uma quantidade maior de exercícios também aumentou o colesterol HDL e diminuiu o nível de triglicerídeos, mais do que uma quantidade menor de exercícios, embora pouca quantidade de atividade física ainda seja melhor do que nenhum exercício para ajudar a evitar ganho de peso e a piora do nível de lipídios no sangue das pessoas que não se exercitam. Os pesquisadores concluíram que, embora o colesterol total e o colesterol LDL não tenham diminuído, o exercício foi um fator significativo na redução do risco de doença cardiovascular.

Perder peso é excelente, mas a diminuição do estresse pode reduzir um pouco seu colesterol.

25 julho 2012

Bem-estar cresce a medida que envelhecemos



Não se trata de mera frescura: a ciência diz que existe, sim, a crise da meia-idade e que ela afeta homens e mulheres em todo o planeta.

Resultados de pesquisas em vários países, na última década, têm mostrado que essa fase bate em média entre 40 e 50 anos, mas varia muito de acordo com a região.

Mas um dado novo, curioso e surpreendente indica que a crise é só o fundo do poço. Depois de atingir o ponto mais baixo de "bem-estar" (alguns pesquisadores chamam mesmo de "felicidade"), a pessoa dá a volta por cima e vai ficando mais feliz por quase todo o resto da vida.
É estranho, pois o senso comum indicaria que a felicidade tende a diminuir a cada velinha no bolo de aniversário.

Os gráficos ligando satisfação pessoal e idade mostram uma curva em "U". A felicidade começa alta, vai caindo até chegar à base da letra e volta a subir com a idade. Os números variam muito, porém.

Em uma pesquisa, a meia-idade chega aos 50 para americanos; em outra, aos 44,5. Os brasileiros atingem a crise aos 46,7, para um estudo, e, para outro, aos 36,5. Na Ucrânia, o mal-estar máximo chega aos 62,1 anos.
"Essa diversidade vem das amostras pequenas nesses países. O número varia menos em grandes amostras", diz um dos autores do estudo da curva do "U" do bem-estar, o economista Andrew J. Oswald, da Universidade de Warwick, Reino Unido. O estudo analisou 500 mil pessoas, entre americanos e europeus, que responderam sobre seu estado emocional. Depois de se checar detalhes que poderiam afetar os resultados (renda, vida afetiva etc.), conclui-se que americanos atingem a crise aos 52,6 e europeus, aos 46,5. "A Segunda Guerra parece ter cobrado um preço maior dessa geração de europeus", na interpretação de Oswald. E o que explicaria o fenômeno em geral?

ACEITAÇÃO
"Minha teoria é que na meia-idade enfrentamos nossas deficiências e as aceitamos. Então ficamos mais contentes com a vida", diz Oswald. "Eu poderia ter sido jogador de futebol e feito gols contra o Brasil, mas percebi que teria de me contentar em ser professor", brinca.

Outro estudo criou um "instantâneo da distribuição pela idade do bem-estar psicológico nos EUA" com base em 340.847 pessoas. E cravou a crise em torno de 50. Nesse estudo, a pessoa avaliava, numa escada com degraus de zero a dez, como se sentia em relação à vida. "Em qual degrau você se sente agora?" era a pergunta. O líder da pesquisa, Arthur A. Stone, da Universidade de Stony Brook, disse à Folha que considera a curva em "U" um enigma. "Nós e muitos outros estamos investigando fatores responsáveis, mas ainda não sabemos." Entre os fatores que eles esperavam que teriam impacto no resultado e não tiveram estão o gênero, o fato de ter filhos com menos de 18 anos em casa, o desemprego e a falta de um parceiro. Já o pesquisador Andrew Clark, da Paris School of Economics, usou dados de uma pesquisa britânica para seus estudos sobre a curva do "U". Um questionário com 12 itens registrou as sensações de estresse, depressão e falta de confiança dos entrevistados. As pessoas responderam se perdiam o sono por preocupação, se se sentiam sob pressão, se perderam a autoconfiança e se pensavam em si como alguém sem valor. Clark disse à Folha que a curva em "U" reflete o que acontece com gente de mais idade: promoções, filhos etc. "A diferença entre os países reflete as diferenças nesses fatores. Se você tem filhos aos 20, está lidando com adolescentes aos 35, se tem filhos aos 35, vai lidar com adolescentes aos 50. O divórcio também pode ocorrer em diferentes idades, em cada país. Isso soa como explicação", diz.

SELETIVIDADE
Segundo a sua "teoria da seletividade socioemocional", à medida que os horizontes de tempo vão ficando mais curtos, as pessoas priorizam determinados objetivos emocionais. Passam a evitar amigos chatos, por exemplo.

"A experiência emocional fica melhor com a idade porque as pessoas passam a investir esforço em assuntos importantes para elas", escreveu Carstensen em artigo na "Psychology and Aging". O artigo descreve um experimento diferente dos outros. Enquanto os dados coletados por Oswald e Stone produziram um "instantâneo", uma amostra pontual na população, a equipe da psicóloga seguiu um mesmo grupo de pessoas por uma semana e repetiu o questionamento cinco e dez anos depois. A equipe concluiu: "O envelhecimento está associado com bem-estar geral, maior estabilidade emocional e mais complexidade, evidenciado pela maior ocorrência simultânea de emoções positivas e negativas".


Fonte: Folha.com

18 julho 2012

Efeitos do Método Pilates nos Distúrbios do Sono


 Uma grande parte da população mundial é acometida por problemas relacionados ao sono, piorando a qualidade de vida, aumentando o risco de acidentes e diminuindo a produtividade no trabalho, entre outras conseqüências.
O exercício tornou-se uma unanimidade na promoção da saúde e melhora da qualidade de vida, diminuindo os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas e atuando como fator chave para aumentar a longevidade. Em contra partida, a perturbação do sono resulta em significativos danos à saúde e ao bemestar,representando nos casos mais graves risco de morte .
De acordo com a American Sleep Disorders Association (1991), a efetividade do exercício físico sobre o sono foi demonstrada e aceita como uma intervenção não farmacológica para a melhoria do sono. Alguns estudos relatam que a melhora do padrão do sono por meio de exercícios físicos é explicada com base em três hipóteses:
A primeira, conhecida como termorregulatória, aponta para o aumento da temperatura corporal, como consequência do exercício físico, facilitando o disparo do início do sono, graças à ativação dos mecanismos de dissipação do calor e da indução do sono, processos estes controlados pelo hipotálamo.
A segunda hipótese, conhecida como conservação de energia, é baseada na redução da taxa metabólica que é observada durante os períodos de sono. De acordo com ela, o aumento do gasto energético promovido pelo exercício durante a vigília aumenta a necessidade de sono a fim de alcançar um balanço energético positivo, restabelecendo uma condição adequada para um novo ciclo de vigília.
A terceira hipótese, restauradora ou compensatória (restauração corporal), da mesma forma que a anterior, relata que a alta atividade catabólica durante a vigília reduz as reservas energéticas, aumentando a necessidade de sono, favorecendo a atividade anabólica.
Já é comprovado que o sono de pessoas ativas é melhor que o de pessoas inativas, com a hipótese de que um sono melhorado proporciona menos cansaço durante o dia seguinte e mais disposição para a prática de atividades físicas e habituais.
Com base nesse estudo, o Método Pilates pode ser uma ferramenta eficaz para os distúrbios do sono, sendo considerado um treinamento físico e mental. Por meio de seus princípios e filosofias, promove sensações de tranquilidade, bem-estar e consciência corporal, além de trabalhar com exercícios onde a sobrecarga é aumentada até um nível ideal e gradativamente, sendo realizado com poucas repetições, o que leva a uma melhor resposta na qualidade do sono.
Além disso, uma respiração otimizada mobiliza a coluna vertebral na região do tórax, provocando a mobilização do sistema nervoso autônomo que, dentre tantas outras atividades, é responsável pela digestão, reprodução, sono e relaxamento.
O Método Pilates otimiza a respiração e potencializa a capacidade respiratória. Em todos os exercícios a respiração é enfatizada como instrumento para atingir qualidade na execução dos movimentos. O contrário também acontece, pois movimentos adequados com a região do tronco estimulam e ampliam a entrada e saída de ar dos pulmões.
A melhora da ansiedade ocorre, possivelmente, pela mudança da capacidade respiratória (principalmente a expiração), pois se o indivíduo ansioso é capaz de aprender a expirar, pode-se, até certo ponto, modificar a sua condição energética diafragmática onde a ansiedade está contida. O Pilates mobiliza a musculatura desta região e, na medida em que a respiração é solicitada durante a execução dos exercícios, esta se torna um ato voluntário e consciente. Esta condição de consciência auxilia a pessoa ansiosa a perceber a sua respiração superficial e irregular.
Uma das indicações para o tratamento destes distúrbios é a prática de exercícios físicos para melhora do padrão respiratório, e consequentemente do sono.

Revista Pilates junho 2012

02 julho 2012

Estudo mostra que atividade física faz "faxina" dentro das células


 As células acumulam resíduos do desgaste da vida cotidiana e os exercícios físicos tem a capacidade de acelerar a remoção desses resíduos e reciclam os componentes aproveitáveis das células do corpo. Ao destacar os benefícios da atividade física, poucos de nós incluiriam a "faxina" intracelular. Contudo, um novo estudo sugere que a capacidade dos exercícios físicos de acelerar a remoção de resíduos e reciclagem dos componentes aproveitáveis das células do corpo pode ser um de seus efeitos mais importantes, ainda que o menos visível.

Sabe-se, há muito tempo, que as células acumulam resíduos do desgaste da vida cotidiana. Dentro da célula há uma espécie de amontoado de dejetos formado de proteínas quebradas, fragmentos de membranas celulares, bactérias ou vírus invasores e componentes celulares gastos ou decompostos.
Na maioria das vezes, as células eliminam esses dejetos. Elas até os reciclam para obter energia. Através do processo de autofagia, ou autodigestão, as células criam membranas especializadas que ingerem os dejetos presentes no citoplasma e os levam para uma região da célula denominada lisossomo, onde os resíduos são quebrados e queimados para obtenção de energia.
Sem esse sistema eficaz, as células poderiam ficar sufocadas e não funcionar bem ou morrer. Nos últimos anos, alguns cientistas começaram a suspeitar que mecanismos de autofagia falhos contribuíssem para o desenvolvimento de diversas doenças, incluindo diabetes, distrofia muscular, mal de Alzheimer e câncer. Acredita-se que a desaceleração da autofagia na meia-idade também exerça um papel no envelhecimento.

Autofagia
A maioria dos pesquisadores acredita que o desenvolvimento do processo foi uma reação ao estresse da inanição: a célula passaria a reunir e consumir partes supérfluas de si própria para manter vivas as partes importantes. Em placas de Petri, a taxa de autofagia aumenta quando as células estão famintas ou são colocadas sob outra forma de estresse fisiológico.
O exercício físico certamente consiste em um estresse fisiológico. Contudo, até recentemente, poucos pesquisadores haviam indagado se o exercício físico poderia de alguma forma afetar a taxa de autofagia e, caso afetasse, se isso seria importante para o corpo de modo geral.
"A autofagia afeta o metabolismo e possui benefícios abrangentes para o corpo relacionados à saúde", afirmou Beth Levine, pesquisadora do Instituto Médico Howard Hughes no Centro Médico do Sudoeste. "Parecia haver consideráveis elementos em comum." Porém, não estava claro como os dois interagiram, acrescentou Levine.
Assim, ela e seus colegas colocaram em ação camundongos de laboratório. Os animais haviam passado por um tratamento para que as membranas envolvidas na autofagia brilhassem, revelando-se. Após 30 minutos apenas, os cientistas descobriram que os camundongos tinham uma quantidade significativamente maior de membranas nas células do corpo todo, o que indicava uma autofagia acelerada. Contudo, essa descoberta não explicava o significado do aumento da limpeza celular para o bem-estar dos camundongos. Por isso, os pesquisadores desenvolveram uma linhagem de camundongos cujos níveis de autofagia permaneciam constantes mesmo se eles estivessem famintos ou vigorosamente exercitados.
Em seguida, os pesquisadores fizeram com que esses camundongos corressem lado a lado com um grupo de controle de camundongos normais. Os camundongos resistentes à autofagia ficaram exaustos rapidamente. Seus músculos pareciam incapazes de retirar açúcar do sangue como faziam os camundongos normais.

Importância de manter-se ativo
A maior surpresa ocorreu quando Levine empanturrou os dois grupos, durante várias semanas, com ração com alto teor de gordura, até que desenvolvessem um tipo de diabetes de roedores. A corrida reverteu posteriormente a condição de saúde dos camundongos normais, mesmo enquanto continuavam recebendo a dieta rica em gordura. Contudo, após correrem durante semanas, os camundongos resistentes à autofagia permaneceram diabéticos. Os níveis de colesterol deles também estavam mais altos que os dos outros camundongos. O exercício físico não os tornou mais saudáveis.
Levine e seus colegas concluíram que o aumento da autofagia, induzido pelos exercícios físicos, parece ser uma etapa decisiva na melhora das condições de saúde.
A descoberta é "muito empolgante", afirmou Zhen Yan, do Centro de Pesquisas Musculoesqueléticas da Universidade da Virgínia, que também estuda autofagia e exercícios. Segundo Yan, o estudo "aprimora a nossa compreensão das razões do impacto salutar dos exercícios sobre a saúde".
Os resultados obtidos por Levine têm implicações amplas. Por exemplo, os indivíduos que não reagem aos exercícios aeróbicos com o mesmo vigor que seus companheiros de treino podem ter sistemas de autofagia instáveis ou inadequados.
"É muito difícil estudar a autofagia nos seres humanos", afirmou Levine. Entretanto, medicamentos intensificadores de autofagia ou exercícios especializados algum dia talvez ajudem as pessoas a obterem total proveito dos exercícios físicos.
Até lá, esse estudo salienta mais uma vez a importância de permanecer ativo. Tanto o grupo de controle quanto o grupo geneticamente modificado tinham "níveis antecedentes normais de autofagia" durante as circunstâncias diárias, observou Levine. Contudo, esse nível de base de "limpeza" celular não foi suficiente para protegê-los em face de uma dieta insatisfatória.

"Eu nunca pratiquei exercícios físicos de forma persistente", afirmou Levine. Recentemente, porém, após ter testemunhado a contribuição dos exercícios na "limpeza" das células dos camundongos corredores, a cientista adquiriu uma esteira mecânica.


21 junho 2012

A importância da Respiração no Pilates



O Método Pilates já nasceu com uma relação muito estreita com o tema respiração. Seu criador, o Joseph Hubertus Pilates, foi uma criança raquítica e asmática e passou uma vida inteira pesquisando atividades físicas que melhorassem sua função respiratória e por conseqüência o desenvolvimento corporal. Um apaixonado pelo movimento, Joseph Pilates foi buscar informações que muito contribuíram para o que hoje conhecemos como seu método, em atividades como Yoga e nas diversas modalidades de lutas (Wrestling). Além disso, ele foi artista de circo, pára-quedista e esquiador. O resultado disso? Sucesso no seu objetivo. Joe, como era chamado por seus amigos, provou no próprio corpo que seu método era eficiente e quando adulto tornou-se modelo para aulas de anatomia.
O Método Pilates vem demonstrando na prática, ao longo dos seus quase cem anos de existência, que otimiza a respiração e potencializa a capacidade respiratória.
A respiração é mais freqüentemente automática e inconsciente, mas também pode ser um ato voluntário e consciente. Ela influencia e é influenciada por nossas ações e emoções. Ela ocorre nas vísceras, mas envolve também músculos, ossos e articulações. O primeiro objetivo da respiração é a troca de gases: O2 e CO2. Em parceria com o sistema circulatório, ela leva oxigênio para as células dos diferentes tecidos do corpo e elimina o dejeto produzido por este funcionamento: o gás carbônico. Mas existem muitos outros objetivos que não estão necessariamente ligados a oxigenação, como por exemplo, organizar o corpo quando nos movemos, otimizar a postura, a emissão da voz quando cantamos ou falamos, promover relaxamento ou tensão e força.
É importante conhecer um pouco as estruturas que participam da respiração e as formas diferentes de respirar que possuímos. Quanto mais clara é a prática do ato respiratório, melhor será a compreensão que teremos do porque respiramos espontaneamente de um modo em determinado momento e por que podemos escolher conscientemente outro modo para atingirmos determinado objetivo. 
O principal músculo da inspiração, ou seja, da entrada do ar, é o diafragma. Este se conecta com a coluna em diversos pontos, desde bem alto no tronco até a base, contribuindo inclusive com o movimento do assoalho pélvico. Além disso, o diafragma se relaciona com músculos abdominais e órgãos internos, além de influenciar outros sistemas como nervoso e circulatório. Uma respiração otimizada mobiliza as costelas que por sua vez se conectam com a coluna vertebral na região do tórax, provocando a mobilização do sistema nervoso autônomo que ali se encontra descansando, e que dentre suas atividades, é responsável pela digestão, reprodução, sono e relaxamento. Um diafragma inibido ou que não funciona bem pode afetar todos estes sistemas e contribuir para disfunções diversas, como por exemplo, dores nas costas, má postura, dificuldades com o sono ou defecação, má digestão, irritabilidade, cansaço e até mesmo depressão.
A respiração normalmente se distribui em três planos principais: anterior-posterior, lateral e superior-inferior. Normalmente, com o Pilates, buscamos um equilíbrio destes três planos respiratórios. Nenhuma destas respirações é a correta, nem totalmente nociva ou boa; precisamos saber equilibrá-las, otimizá-las e diferenciá-las, desenvolvendo a consciência do momento em que de cada uma delas é mais indicada ou necessária.
A respiração pode ser enfatizada como instrumento para atingir qualidade na execução dos movimentos. O contrário também acontece, pois movimentos adequados com a região do tronco estimulam e ampliam a entrada e saída de ar dos pulmões. Um exemplo claro e muito útil disso é o de curvar a coluna para frente (flexão) ou para cima e para trás (extensão) usando a expiração ou a inspiração respectivamente, como ferramenta para facilitar estes movimentos. Quando expiramos com mais força e colocamos as mãos na barriga, sentimos a ação dos músculos abdominais, que são os músculos que nos curvam para frente. A expiração facilita a mobilização da coluna em flexão e por isso expiramos quando queremos subir o tronco da posição deitado para sentado num exercício abdominal, por exemplo. Desta forma estaremos economizando gasto energético e sendo mais eficientes na execução do exercício. Por outro lado, se estamos sentados ou de pé e inspiramos profundamente, sentimos o peito subir e a coluna iniciar um arco para cima e para trás. Assim, quando alguém possui dificuldades em abrir o peito ou fazer a extensão de coluna, podemos ajudar estes movimentos usando a inspiração profunda. 
Os fumantes ou as grávidas no terceiro trimestre da gestação com freqüência têm sua capacidade respiratória diminuída. Normalmente utilizam mais a respiração superior, subindo o peito e muitas vezes, os ombros. Essa respiração que denominamos de acessória, normalmente é utilizada em casos extremos, quando este meio litro de ar se torna fundamental para atingir o objetivo pontual, a exemplo de um final de corrida. Quando ela passa a ser a respiração principal, ela sobrecarrega os músculos do pescoço, que aumentam de volume e comprimem nervos e artérias que passam por entre eles e seguem para alimentar os braços. Quando isso ocorre, pode provocar dor e perda de força dos membros superiores, além de inibir o diafragma e prejudicar a postura em geral. A troca de gases (Co2 e O2) neste caso, também torna-se ineficiente.
Já uma respiração profunda ou forçada, utilizada como ferramenta para facilitar a execução de diversos exercícios de Pilates e que pode ser também provocada por estes movimentos, otimiza essa troca de gases e é um excelente treino para os abdominais. Quando bem desenvolvida, ela explora movimentos laterais, inferiores e posteriores desta “cesta” torácica formada por nossas costelas, a coluna e o osso externo na parte anterior. Quando esta  troca é mais eficiente, o resultado é uma melhora do humor, da imunidade, da saúde dos mais diversos tecidos corporais, diminuindo a depressão a irritação e o cansaço, tão comuns nos que utilizam a respiração acessória como fonte principal.
É possível através do Pilates, devolver aos sedentários, fumantes e ex-fumantes, gestantes do terceiro trimestre e tantas outras pessoas que com freqüência não respiram de forma eficaz, uma organização corporal mais eficiente, uma conseqüente otimização da respiração e melhora da qualidade de vida, além de prevenir futuros problemas corporais diversos.
Cito aqui uma frase que considero de profunda beleza e significado, que escutei de Márcia Santiago, amiga e educadora da Physio Pilates, e que revela a importância deste tema: “A respiração é o nosso primeiro e último ato de vida”.

Alice Becker- Presidente da Physio Pilates Educação