Estudos sobre
exercícios e colesterol mostram que atividade física regular diminui os
triglicerídeos. As pessoas que mais se beneficiam são as sedentárias com níveis
elevados de triglicerídeos que se tornam ativas. Mesmo uma única sessão de exercícios
pode causar impacto nos níveis de triglicerídeos (a redução média dos
triglicerídeos é de 20%, após uma única sessão, e 24% com exercícios
regulares).
A prática regular de exercícios por mais de 12 semanas pode aumentar o colesterol HDL até 10%. A pesquisa feita em homens indica que o aumento do colesterol HDL está associado à perda de gordura do corpo, sugerindo que os exercícios regulares podem ser especialmente úteis para pessoas com nível elevado de triglicerídeos, colesterol HDL baixo e excesso de gordura abdominal. No entanto, nas pessoas com baixo nível de triglicerídeos ou nas que não precisam emagrecer, a prova sobre os efeitos do exercício no colesterol HDL é inconclusiva.
O efeito da atividade física regular no colesterol total e no colesterol LDL é menos direto que seu efeito nos triglicerídeos. Quando o exercício resulta em perda de peso, o colesterol total e o colesterol LDL geralmente diminuem. Entretanto, quando a pessoa não emagrece, os benefícios do exercício no colesterol total e no colesterol LDL não são tão visíveis, embora não sejam menos importantes.
Durante oito meses, o STRRIDE (Studies of Targeted Risk Reduction Interventions through Defined Exercise - Estudos de intervenção direcionada de redução de risco através de exercício definido) analisou os efeitos da quantidade e da intensidade dos exercícios nos fatores de risco da doença cardiovascular em adultos acima do peso com nível elevado de lipídios no sangue.
Os pesquisadores selecionaram aleatoriamente 84 adultos sedentários e os dividiram em três grupos diferentes de exercícios:
- muita atividade intensa - equivalente a correr 32 km por semana;
- pouca atividade intensa - equivalente a correr 19 km por semana;
- pouca atividade moderada - equivalente a caminhar rapidamente 19 km por semana.
Alguns
adultos foram colocados em um grupo de controle que não fez nenhum exercício.
Os participantes foram estimulados a manter sua dieta regular durante o período
da pesquisa para que não perdessem peso.
Os pesquisadores
descobriram que, embora o colesterol total e o colesterol LDL não tivessem
mudado muito, o exercício teve um efeito positivo na quantidade e no tamanho
das partículas de LDL, com menor risco de causar aterosclerose, um problema em
que as artérias ficam irregulares devido à formação de placas.
Uma grande quantidade de exercícios intensos diminuiu a concentração e aumentou o tamanho médio das partículas de LDL. As partículas de LDL leves e maiores aparentemente são menos aterogênicas do que as partículas de LDL mais densas e menores, mais propensas a entrarem na parede do vaso sangüíneo, serem oxidadas e desencadearem a aterosclerose e a formação de placas.
Uma quantidade maior de exercícios também aumentou o colesterol HDL e diminuiu o nível de triglicerídeos, mais do que uma quantidade menor de exercícios, embora pouca quantidade de atividade física ainda seja melhor do que nenhum exercício para ajudar a evitar ganho de peso e a piora do nível de lipídios no sangue das pessoas que não se exercitam. Os pesquisadores concluíram que, embora o colesterol total e o colesterol LDL não tenham diminuído, o exercício foi um fator significativo na redução do risco de doença cardiovascular.
Perder peso é excelente, mas a diminuição do estresse pode reduzir um pouco seu colesterol.
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