23 julho 2013

Fratura no quadril é uma das maiores causas de morte entre idosos



Um caso de saúde pública, assim é considerada a fratura no quadril pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Hoje ela é a maior causa de morte dentre as lesões ortopédicas em pessoas acima de 65 anos, e representa cerca de 50% das internações de idosos por trauma em prontos-socorros. Nos Estados Unidos, são gastos 10 bilhões de dólares por ano e a previsão é de que esse número triplique nos próximos anos. No Brasil, há uma estimativa de 10 mil casos da fratura por ano.
O ortopedista Dr. Marcelo G. Cavalheiro, coordenador da divisão de Artroscopia do Quadril na Escola Paulista de Medicina, revela que a maior incidência em idosos se deve à osteoporose. “Este tipo de fratura pode acontecer com jovens, mas somente em casos como acidentes automobilísticos, grandes quedas, enquanto que para o idoso isso pode ocorrer em movimentos corriqueiros”, conta o médico.
Cavalheiro explica que isso acontece porque o esqueleto do ser humano acumula massa óssea até a faixa do 30 anos e, a partir de então, passa a perder 0,3% ao ano. Mas, a perda é maior entre mulheres nos primeiros 10 anos de pós-menopausa, chegando a 3% ao ano em indivíduos sedentários.  “Estima-se que 50% das mulheres com mais de 75 anos venham a ter alguma fratura osteoporótica. Em homens, esse índice cai para 25%”, completa.
Diversas medidas podem ser adotadas para evitar a ocorrência da fratura no quadril. O primeiro passo é minimizar o risco de quedas no ambiente em que o indivíduo vive, com o uso de pisos antiderrapantes, barras de apoio em corredores e banheiros e melhorar a iluminação e alcance de objetos. Melhorar o condicionamento físico é a indicação dos profissionais da saúde para a prevenção de quedas. Através de atividades físicas é possível conquistar força muscular e flexibilidade, além de haver um ganho na coordenação motora, equilíbrio e mobilidade geral.
Muitos especialistas consideram o Pilates como uma atividade perfeita para idosos vítimas da osteoporose. Entre os benefícios relevantes para a terceira idade, estão a recuperação de articulações propensas à artrite, artrose e dores generalizadas, a correção da postura, a ativação da circulação e fortalecimento dos músculos através de exercícios de alongamento. Vale lembrar que a prevenção começa nas primeiras décadas de vida, o que pode reduzir a ocorrência da fratura no quadril e outros acidentes decorrentes da perda de massa óssea.

Quando começa o envelhecimento?



 

Nossas respostas ficam mais lentas, a memória sofre, o raciocínio se arrasta um pouco: por quê?





Diz a sabedoria popular que, para morrer, basta estar vivo. Parece óbvio, mas é verdade também do ponto de vista bioquímico: morrer é a consequência de estar vivo -e o processo entre as duas coisas é o envelhecimento.
Envelhecer é sofrer as consequências da respiração celular, o processo que transfere para as células a energia trazida pelos alimentos.
Essa definição, no entanto, soa bastante diferente da ideia mais tradicional que a gente faz do envelhecimento: aquele encarquilhar da pele, o embaçar dos olhos, o viço dos cabelos que se vai, a vontade cada vez menor.

Ou não: há quem envelheça bem, estendendo as características da juventude bem mais adiante.
Entender o envelhecimento do cérebro é uma das grandes preocupações da neurociência. Nossas respostas vão ficando mais lentas, a memória sofre, o raciocínio se arrasta um pouquinho: por quê? Morrem neurônios? Desaparecem sinapses? O metabolismo deixa de ser suficiente? O que causa o declínio funcional do cérebro com a idade, e quando ele começa?
Uma resposta nada animadora foi oferecida por uma pesquisa de nosso laboratório, que analisou o número de células no cérebro de ratos de diferentes idades.
Nos animais de dois anos de idade -bem velhinhos, para ratos-, encontramos cerca de 30% menos neurônios do que nos jovens adultos, de dois ou três meses de idade, numa perda generalizada por todo o cérebro.
E o que é pior: a perda, progressiva, se nota já a partir dos três meses de idade.
Ou seja: mal o bicho chega ao seu ápice, no final da adolescência, e já é ladeira abaixo -pelo menos em termos de números de neurônios.

Falta determinar se essa perda de neurônios de fato causa perda cognitiva, mas é de se esperar que perder neurônios ao longo da vida não seja boa coisa.
Mas vamos às boas notícias. A primeira é que embora a perda média seja de 30% dos neurônios, a variação é grande entre indivíduos.
Ratos, portanto, também nisso são como pessoas: alguns envelhecem bem, outros nem tanto. De onde vem essa diferença?
Ainda não se sabe, mas alguns suspeitos são conhecidos. E aqui está a segunda boa notícia. Sabendo que o declínio neuronal começa assim que se atinge a idade adulta podemos, desde cedo, investir em educação continuada, atividades físicas, exercícios mentais, bom sono, boa alimentação -e, assim, fazer o possível para envelhecer bem.

Pilates alivia sintomas da TPM



Exercícios reduzem o inchaço e as dores, além de melhorarem o mau humor e a ansiedade.
Mau humor, cansaço, irritabilidade excessiva, insônia, dor abdominal, enjoo... a tensão pré-menstrual (TPM) assombra cerca de 75% das mulheres entre 20 e 45 anos. Mas o Pilates, atividade física que fortalece e dá mais flexibilidade aos músculos, promete aliviar estes sintomas.
A fisioterapeuta e integrante da Associação Brasileira de Pilates (Abrapi) Erica Mori explica que a atividade ajuda a mulher a enfrentar o período especialmente porque melhora o fluxo sanguíneo. "O Pilates diminui o inchaço, melhora as alterações de humor, reduz a ansiedade, o estresse, as dores no corpo e as tensões geradas nos dias da TPM", exemplifica.
Erica ainda explica que, por causa do trabalho respiratório que a prática exige da aluna, a endorfina (hormônio responsável pela sensação de bem-estar e prazer) é liberada pelo organismo, aliviando o transtorno da TPM.
Para sentir os efeitos da atividade, a recomendação dos profissionais é praticá-la pelo menos duas vezes por semana, durante 30 minutos. "O mais importante é a mulher manter a frequência nas aulas. Em média, depois de 15 ou 20 sessões, ela começa a perceber alguma diferença. Depois de 30, ela começa a se sentir uma nova pessoa", explica Erica.
Além do Pilates, outras atividades simples podem aliviar o desconforto do período. "É fundamental sempre fazer algo que proporcione a sensação de bem-estar. Exercícios leves, como um passeio no parque, já ajudam o corpo a lidar melhor com a TPM", explcia Erica.
O Pilates, além de ajudar contra a tensão pré-menstrual, também é indicado para outras finalidades. Por alongar e fortalecer a musculatura, a prática previne lesões, corrige a postura, alivia dores musculares, melhora o equilíbrio, a coordenação e a capacidade respiratória, e ainda serve para pessoas que precisam passar por processos de reabilitação física.
Fazer atividade física é essencial
Mulheres que não praticam atividades físicas regularmente costumam sentir mais os efeitos da tensão pré-menstrual. Além disso, seu fluxo menstrual geralmente é maior.
"Fazer atividade física, pelo menos duas vezes na semana, é essencial para combater todos os problemas que a TPM pode trazer", alerta Erica.
A fisioterapeuta também recomenda que as mulheres tenham uma alimentação balanceada.
"Coma bastante verdura, legumes e frutas. Equilibrar os nutrientes ajuda o organismo. Além disso, use o mínimo de sal possível, já que ele contribui para o inchaço no período".

Fonte: O dia