26 abril 2012

Hipertensão Arterial, uma doença silenciosa


Hipertensão arterial ou pressão alta ocorre quando a pressão sistólica (pressão arterial quando o coração se contrai bombeando o sangue) em repouso é superior a 140 mm Hg ou quando a pressão diastólica (quando o coração relaxa entre duas batidas) em repouso é superior 90 mm Hg ou ambos.
A hipertensão, embora pouco conhecida, atinge uma média de 20% a 25% da população brasileira, sendo que esta estatística sobe para 50% nas faixas etárias mais avançadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou-a como uma das 10 principais causas de morte no mundo. Além disso, a hipertensão é um fator agravante para as doenças cardiovasculares – a número um em causa de mortes no planeta.
Por ser um grave problema na idade adulta é que a prevenção deve começar desde a infância. Irritabilidade, ganho de peso e crescimento inadequados, cansaço excessivo durante as mamadas e os exercícios físicos são sintomas da Hipertensão Arterial. Porém, na maioria dos casos, a criança não apresenta indícios da doença.

Tipos de hipertensão
Existem dois tipos de hipertensão arterial (HA): hipertensão primária e secundária. A HA primária caracteriza-se por não apresentar uma causa conhecida, enquanto na HA secundária já é possível identificar uma causa para a hipertensão, como por exemplo problemas renais, problemas na artéria aorta, tumores (feocromocitoma) e algumas doenças endocrinológicas.

Sintomas
Na maioria dos indivíduos, a hipertensão não produz sintomas, apesar da coincidência do surgimento de determinados sintomas que muitos consideram (de maneira equivocada) associados à hipertensão arterial: cefaléia, sangramento pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço. Embora os indivíduos com hipertensão possam apresentar esses sintomas, eles ocorrem com a mesma freqüência naqueles com pressão arterial normal. Quando indivíduo apresenta uma hipertensão grave ou prolongada e não tratada, ela apresenta sintomas como cefaléia, fadiga, náusea, vômito, dispnéia, agitação e visão borrada em decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.

Complicações
A hipertensão é uma doença crônica que quando não tratada aumenta o risco de uma cardiopatia (como a insuficiência cardíaca ou o infarto do miocárdio), de insuficiência renal e de acidente vascular cerebral em pessoas jovens. A hipertensão é o fator de risco mais importante do acidente vascular cerebral. Ela também é um dos três principais fatores de risco do infarto do miocárdio contra o qual uma pessoa pode instituir medidas. É muito importante entender que quem sofre de hipertensão arterial terá que fazer seu controle por toda a vida, visto que, na grande maioria das pessoas (95%), não se consegue descobrir sua causa. De todos esses casos, felizmente, a grande maioria (90%) apresentará hipertensão leve, ou seja, fácil de controlar e tratar.

Diagnóstico
O ideal é medir a pressão pelo menos a cada seis meses, ou com intervalo máximo de um ano. Assim é possível se diagnosticar a doença tão logo ela surja. A pressão considerada normal está abaixo de 13 por 8,5. A faixa de risco está entre 13 por 8,5 e 13,9 por 8,9. Hipertenso é todo indivíduo que tenha pressão igual ou acima de 14 por 9.

Prevenção
Como medida de prevenção, deve-se controlar os fatores de risco, como o excesso de peso, sedentarismo, elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio e consumo excessivo de álcool e, em alguns casos, intolerância à glicose e diabete, tabagismo, estresse e menopausa. 

A vida sedentária é comprovadamente um fator de risco. A pessoa mais bem preparada fisicamente, que faz exercícios regulares, tem menor chance de apresentar problemas de coração e pressão alta.

Um novo estudo, cujo autor principal foi o Dr. Kristen Knutson da Universidade de Chicago (Estados Unidos), confirma que uma boa noite de sono associa-se a menores níveis da pressão arterial. Uma curta duração do sono associou-se a um aumento do risco de desenvolvimento da hipertensão. Para cada hora a menos de sono, observou-se um aumento do risco relativo da incidência de hipertensão em 37%. Esse estudo afirma que a perda do sono pode levar a um aumento crônico da atividade do sistema nervoso simpático, levando à liberação de adrenalina, o que causaria um aumento da pressão arterial.
A doença tem tratamento, mas não cura, o que acaba onerando, em muito, os gastos pessoais do doente e o investimento do serviço público de saúde.
Doença silenciosa, ela ocorre porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem e fazem com que a pressão do sangue se eleve. Essa elevação da pressão acaba causando danos à camada interna dos vasos, fazendo com que se tornem endurecidos e estreitados, podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper-se. Isso pode levar a problemas sérios, como Angina e Infarto,"derrame cerebral" ou AVC, e a paralisação dos rins.

Portanto, se você não tem hipertensão arterial, cuide-se para evitá-la e se você tem, cuide-se para controlá-la. Pratique exercícios, não fume, tenha cuidado com sua alimentação, controle periodicamente sua pressão arterial, e combata o stress!

é hoje!!


16 abril 2012

Exercícios e cafeína modificam DNA dos músculos

Móleculas de DNA de músculos são modificadas química e estruturalmente após exercícios físicos, aponta pesquisa publicada na edição de março da revista científica "Cell Metabolism". Já o código genético do DNA não é alterado.

Segundo os cientistas do Instituto Karolinksa, na Suécia, as modificações parecem ser etapas iniciais da reprogramação genética dos músculos para obter força e elasticidade. Além disso, as mudanças podem ocorrer imediatamente no caso de pessoas saudáveis, porém inativas, que começam a fazer atividade física.

"Nossos músculos são realmente maleáveis", afimou o pesquisador Juleen Zierath, em material de divulgação. "O músculo se adapta ao que você faz. Se você não o usar, pode perdê-lo. [A mudança no DNA] é um dos mecanismos que permite que isto ocorra", explicou.

Este tipo de mudanças no DNA é conhecido como "modificações epigênicas". Ele consiste de ganho ou perda de marcas químicas no DNA. Neste caso, o estudo mostrou que as contrações musculares que ocorrem durante a física eliminam parte de marcas em porções de DNA que ativam genes importantes para a adaptação do músculo muscular aos exercícios.

Segundo a pesquisa, a exposição a cafeína tem um efeito similar na química do DNA de músculos, aponta a pesquisa. A substância teria a capacidade de "imitar" a contração muscular de exercícios. Zierath não recomendou o café como um substituto da atividade física, mas disse que a bebida pode ser uma aliada dos atletas.

A descoberta ofereceria evidências de que o genoma humano é mais dinânico do que se imaginava, acreditam os pesquisadores.


Fonte: G1